Estudo adicional
Sobre Cristo como nosso substituto e penhor, foi posta a iniquidade de nós todos. Foi contado como transgressor, a fim de nos redimir da condenação da lei. A culpa de todo descendente de Adão pesava sobre Seu coração. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a vida de Seu Filho. Em toda a Sua vida, Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da misericórdia do Pai e de Seu amor perdoador. A salvação para o maior pecador fora Seu tema. Mas agora, com o terrível peso de culpa que carregava, não pôde ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou Seu coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física.
“Satanás torturava com cruéis tentações o coração de Jesus. O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna. Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada. Foi o sentimento do pecado, trazendo a ira divina sobre Ele, como substituto do homem, que tão amargo tornou o cálice que sorveu, e quebrantou o coração do Filho de Deus” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 753).
Perguntas para reflexão
1. Mesmo hoje em nossa igreja, alguns ainda têm dificuldade em aceitar a salvação unicamente pela fé, e que a graça de Deus, por meio de Cristo, nos salva, à parte de nossas obras. O que está por trás dessa hesitação de alguns em aceitar essa verdade fundamental?
2. Paulo falou de maneira muito forte sobre o erro teológico da salvação pelas obras. O que isso nos diz sobre a importância da teologia correta? Por que devemos nos levantar vigorosamente, se necessário, quando o erro está sendo ensinado entre nós?
Resumo:
Do início ao fim da vida cristã, a base da nossa salvação é a fé unicamente em Cristo. Foi por causa da fé que Abraão teve nas promessas de Deus que ele foi considerado justo, e esse mesmo dom de justiça está disponível hoje para todo aquele que partilhar da fé que Abraão teve. A única razão pela qual não somos condenados por nossos erros é que Jesus pagou o preço pelos nossos pecados, ao morrer em nosso lugar.